28 de setembro de 2009

As Instalações do Centro de Equoterapia


Instalações
A estrutura de um Centro de Equoterapia deve respeitar as normas de acessibilidade da ABNT proporcionanto um ambiente interativo ao praticante . Contudo é de grande importancia a observação de normas gerais referentes ao manejo , trato , estabulagem e trabalho dos cavalos .
A construção tecnica das instalações , baias e pista de atendimento reflete a preocupação e o respeito referentes às normas de segurança , a ciência do Metodo Equoterapia e o respeito ao cavalo .
BaiasO ideal para Equoterapia é a medida de5 x 3,5metros , a altura livre de quaisquer elementos construtivos não deve ser inferior a 3,50 metros e os cochos de alimentação e água devem estar a 0,90 metros do piso e devem ser executados em alvenaria com reboco de cimento e areia grossa e acabamento em cimento queimado; com arestas e vértices arredondados. A porta deve conter divisória, porta/janela e essa janela deve estar a 1,20m (a altura ideal para o cavalo ter contato com o mundo fora da cocheira) . A baia deverá ser bem ventilada e a cobertura feita preferencialmente por telhas de barro, que tem maior conforto térmico do que as telhas de cimento amianto.
Quarto de feno e ração
O local deve ser bem arejado e fresco, o que evita a formação de bolores nos alimentos. A limpeza periódica do quarto de ração evitará a aproximação de insetos e roedores, que poderiam transmitir doenças. A estocagem dos alimentos deve ser feita em função do período em que os alimentos serão consumidos. Sendo assim, o último a chegar no estoque tem que ser o último a ser usado, consumindo-se sempre os produtos estocados a mais tempo, desde que não estejam deteriorados.
Quarto de sela
O quarto de sela deve ser um local organizado e limpo, visto que será utilizado por várias pessoas. Convém que as selas fiquem em cabides ou cavaletes de madeira, assim como as cabeçadas deve ter seu local apropriado. É interessante que o quarto de sela também seja um local bem arejado, a fim de evitar a formação de fungos (mofo) no couro das cabeçadas e selas. As mantas podem ser deixadas ao sol durante uma parte da manhã para que sequem bem.
Lavadores
Os locais designados para os banhos dos animais deve ser seguros tanto para os animais como para o tratador. O piso deve ser levemente abrasivo ou com borrachas, deve haver argolas ou amarradores resistentes para amarrar os cavalos, e boa drenagem.
No sistema de argola central, temos dois moirões distantes de 1,5 a 2 metros, e em um dos moirões é fixada uma corrente com argola, que, esticada lateralmente, posicionará a argola na metade da distância entre os moirões; a ponta do cabresto é passada pela argola e fixada no moirão oposto.
Segurança
Deve-se estar atento aos riscos de acidentes com cercas frouxas, portas de cocheiras mal fechadas, arames de cercas frouxos e embarcadouros inapropriados. Lonas plásticas, sacos de ração levados pelo vento podem levar o cavalo a se assustar repentinamente, levando o animal a estirar quando amarrados ou virarem bruscamente na cocheira ou piquete. Nas baias não devem estar expostos fios elétricos ao alcance do animal, e nunca entrar com cigarro em baias com cama de serragem ou feno.
É importante se aproximar com cautela de cavalos desconhecidos, pensando na hipótese de coices ou mordidas. Esses acidentes podem ser evitados quando se lança a cabeçada por cima do pescoço do cavalo e cuidadosamente faz-se o cabresteamento, ficando o animal devidamente contido.

MovimentaçãoCuidados especiais devem ser tomados quando se amarra um cavalo. Para evitar que estes se machuquem ou firam o tratador se tentarem estirar, o nó aplicado ao cabresto deve ser de um tipo que se desfaça facilmente, do tipo em que ao se puxar uma ponta da corda, o cavalo esteja solto.
Quarto de Medicamentos
Deve-se ter sempre às mãos alguns medicamentos para realizar pequenos curativos, seguindo sempre a orientação de um veterinário. Estes medicamentos devem ser mantidos em local arejado e fresco. Quanto ao modo de administrar o remédio, siga sempre a orientação do médico veterinário, evitando ouvir “conselhos” de pessoas leigas, que mesmo com a melhor das intenções podem estar enganadas.

Pista de AtendimentoA pista de atendimento dever seguir os padrões mundiais das pistas pequenas de dressage, medindo 20 x 40 metros contento um sistema de lettering em torno de sua parte externa na ordem A-K-E-H-C-M-B-F (sentido horário) e letras invisíveis ao longo da linha central, D-X-G .As letras devem ser fixadas fora da pista, a cerca de 50 cm desta e perfeitamente visíveis para praticantes e terapeutas e a linha do meio em todo o seu comprimento e os três pontos D, X e G, um metro para cada lado, devem ser marcados no terreno de forma discreta (utilizar um rodo, um rolo ou um ancinho).
A medida padrão deve ser adotada por respeitar o limite de flexionamento da coluna do cavalo ao realizar curvas sem andar em duas pistas . Em círculos menores que 5 metros o cavalo realiza seus movimentos de forma que seus anteriores percorrem um caminho diferente de seus posteriores , traçando linhas paralelas de apoio deturpando o movimento tridimensional e o equilíbrio do praticante . A presença do lettering possibilita ao terapeuta trabalhar seqüências lógicas de manobras e figuras de pista , o praticante pode localizar-se sobre o plano e o guia pode executar as mudanças de direção de forma lógica .
O piso deve ser de areia , grama ou terra batida . O terreno cercado permite maior concentração durante as sessões .

O referente as rampas de acesso e demais instalações constam no site da Associação Nacional de Equoterapia ANDE –BRASIL www.equoterapia.org.br