24 de agosto de 2009

Biomecanica do Cavalo na Equoterapia : o passo (2ª parte)

2ª. Parte : O Passo e o movimento no plano horizontal


Nesta movimentação a anca do animal é projetada para frente, promovendo uma flexão lateral da coluna do animal. O cavalo executa uma inflexão para o lado contrário com seu pescoço, mantendo a parte da coluna que fica sobre suas espáduas (anteriores), solidária com a coluna. Isto provoca uma inflexão da coluna, tornando-a um arco em torno do posterior que está para frente e desloca o ventre do cavalo para o lado oposto .Assim, conforme as mudanças de passos, como por exemplo, o cavalo coloca o membro posterior direito (PD) à frente, ocorrerá um deslocamento da coluna vertebral para o lado esquerdo .


Eixo transversal (movimento látero-lateral)
Este movimento é produzido pelas ondulações horizontais da coluna vertebral do cavalo, que se estende desde a sua nuca até a extremidade da sua cauda. Estas ondulações são produzidas e executadas de maneira simétrica em relação ao eixo longitudinal do animal. O grau de flexibilidade do cavalo tem influência direta sobre sua andadura. Quanto maior for a flexibilidade da coluna, maior será a amplitude de seus movimentos, e mais suave será a sua andadura e quanto maior for a amplitude do movimento maior será o passo do cavalo e em conseqüência, maior será o deslocamento lateral do ventre .
Eixo longitudinal (movimento ântero-posterior)


 
Iniciando o movimento pela distensão do posterior direito, o cavalo provoca desequilíbrio, deslocando seu corpo para frente e para a esquerda. Para retomar seu equilíbrio, o cavalo alonga seu pescoço, abaixa a cabeça e avança o anterior esquerdo para escorar a massa que se desloca. E quando toca o solo com o anterior esquerdo, freia o movimento para frente, provocando um desequilíbrio também para frente, no praticante. Neste momento o cavalo levanta a cabeça e com este movimento detém o deslocamento do cavaleiro para frente, facilitando o avançar do posterior direito. A anca do lado direito avança e abaixa colocando-se em baixo do cavaleiro, sustentando o seu peso e trazendo-o novamente para trás, ajudando-o a retomar o equilíbrio. Na seqüência, o posterior esquerdo distende-se e empurra o cavalo para frente e para a direita. O movimento se sucede quando o anterior direito toca o solo, nova freada, novo desequilíbrio, e com o avançar do posterior direito, nova retomada do equilíbrio e conseqüentemente deslocamento para trás.

(A Equitação Especial)